sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

preconceito, discriminação, conhecimento e aceitação

PLANO DE AULA INTERDISCIPLINAR


Tecnologias utilizadas : Televisão e DVD – Filme Happy Feet


Tema: Conviver bem com as diferenças. – “Diferentes, mas não desiguais”

Justificativa


Em minha escola, há um aluno em uma outra sala que tem uma perna mais curta que a outra. Então, a maioria dos alunos da escola começou a chamá-lo de “perninha”.

Ele vem sempre à minha porta esperar um coleguinha para ficarem juntos no recreio.

Sempre que ele chega, meus alunos começam a chamá-lo de “perninha” e, essa situação me incomoda porque ele demonstra tristeza, mas não reage, nem revida. Ao ver o filme happy feet, pensei nele e planejei essa aula sobre convivência.

Objetivos gerais


Espera-se que o aluno seja capaz de:

Reconhecer que é possível uma convivência pacífica, mesmo entre pessoas diferentes;

Compreender que as pessoas são diferentes, mas não desiguais;

Saber que é preciso respeitas as diferenças para que a vivência em sociedade seja pacífica.

Objetivos específicos:


Espera-se que o aluno seja capaz de:

Retratar o colega, de modo respeitoso, em relação às suas características (dificuldades físicas,cabelo, altura,peso, cor da pele...)

Relacionar-se com os diferentes grupos que se formam, tanto na escola quanto na sociedade;

Apreciar a própria imagem, descobrindo a beleza de suas características físicas;

Valorizar a riqueza que a troca de experiência pode trazer, quando as diferenças não importam.




Procedimentos:


A professora deve pedir que a turma faça um círculo e começar uma discussão sobre a presença das diferenças, tanto culturais, quanto às características físicas, em todos os grupos de convivência;

Os alunos falarão sobre os seus sentimentos em relação à discriminação e o preconceito;

Em seguida, assistirão ao filme “Happy Feet”;

Após o filme, eles definirão o sentido das palavras discriminação e preconceito;

A professora deve solicitar que os alunos se olhem no espelho, de preferência, grande que estará na sala de aula e digam o que vêem;

Pedir para que dois alunos se olhem juntos e que cada uma fale sobre a beleza do outro;

Voltando ao filme, eles comentarão se Mano, o pinguim diferente, teria menos importância ou menos valor que os outros;

O assunto agora é sobre o problema do Alexandre (o perninha). Os alunos refletirão sobre o quanto é triste ser tratado por um apelido que remete à deficiência física e o compromisso de tratá-lo pelo nome ou o apelido carinho que já veio da casa dele que é Xande;

Solicitar que eles desaprovem os alunos de outras salas e incentivem para essa nova postura no relacionamento com o aluno Alexandre.

Avaliação:


Observação contínua do comportamento e atitudes dos alunos, para verificar se os mesmos atingiram as competências esperadas.

Público alvo: alunos do 3º ano A.

Duração do projeto: O projeto “Convivendo com as diferenças” será trabalhado no decorrer de todo o ano letivo.

Relato:

A aluno Alexandre passou a ser bem tratado e até estranhou quando chegou à porta e colocou só a cabeça ( ele escondia o resto do corpo) e a minha turma disse que o Xande estava lá. Faltavam uns 2 minutos para o recreio. Então, nós o convidamos para entrar.

A turma até exagerou nos bons tratos. Então, eu disse a ele que nós havíamos conversado sobre aquele apelido. Ele disse que não gostava, mas todo mundo o chamava assim.

Falamos para ele que não o achávamos diferente de ninguém e que a capacidade de cada pessoa não é medida pela sua aparência física.

Neste ano ele não é mais aluno da minha escola e nem sei para onde foi. Mas, até o final de 2008, ele não foi mais chamado de “perninha” pelos meus alunos e por muitos outros, pois passei o projeto para minhas colegas de trabalho que também gostaram da iniciativa.

Se, o problema não foi resolvido totalmente, pelos menos uma sementinha foi plantada e eu a vi brotar...

Um comentário:

sueufrgs disse...

Gostaria de te parabenizar pela iniciativa e agradecer por compartilhar a tua experiência. É de professores criativos e dedicados assim que o mundo está precisando.
Abraço